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Elétricos

Brasil terá cerca de 1,4 milhão de automóveis elétricos em 2030

O mercado de automóveis elétricos em 2030 deve atingir 2,35% da frota de veículos leves no Brasil, com previsão de 200 mil veículos eletrificados em 2024.

17 SET 2024 • POR da Redação • 06h55

O mercado de automóveis elétricos tem apresentado um crescimento expressivo no Brasil, e as projeções para os próximos anos são ainda mais otimistas. Segundo a Bright Consulting, a expectativa é que até o final de 2024 o país alcance a marca de 200 mil veículos eletrificados emplacados, sendo que uma parte significativa será composta por automóveis 100% elétricos. Com o avanço da tecnologia e o aumento da demanda por veículos sustentáveis, o futuro dos automóveis elétricos em 2030 promete ser uma revolução no setor automotivo.

A Expansão dos Automóveis Elétricos em 2030

A consultoria automotiva Bright Consulting prevê que, em 2030, os automóveis elétricos representarão 2,35% da frota total de veículos leves no Brasil, estimada em 57 milhões de unidades. Isso significa um crescimento contínuo e significativo ao longo da próxima década. 

Em 2024, a estimativa é que 200 mil veículos eletrificados estarão em circulação, dos quais 72 mil serão totalmente elétricos. Essa mudança reflete o compromisso da indústria automotiva com a sustentabilidade e a busca por alternativas mais limpas e eficientes em relação aos combustíveis tradicionais.

Um ponto interessante é que a maior parte desse crescimento virá de marcas estrangeiras, em especial as chinesas, que devem representar cerca de 55% dos veículos elétricos emplacados no país em 2024. 

Além disso, a pesquisa indica que aproximadamente 65% desses automóveis serão importados, reforçando a tendência de dependência do mercado internacional para atender à crescente demanda por veículos eletrificados.

O Cenário atual e os desafios futuros

Apesar das perspectivas animadoras, a pesquisa também destaca que, até 2030, a maior parte da frota nacional ainda será composta por veículos movidos a combustíveis líquidos. 

Segundo a Bright Consulting, 87,5% dos veículos em circulação não terão motor elétrico, o que demonstra que a transição para uma frota majoritariamente elétrica ainda será gradual e enfrentará desafios, como a infraestrutura de recarga e o custo elevado dos veículos elétricos.

Outro desafio apontado pela consultoria é a necessidade de uma regulamentação fiscal adequada para incentivar a produção local de automóveis elétricos e garantir a competitividade da indústria nacional frente ao mercado internacional. 

A referência à "taxa das blusinhas" ilustra a importância de definir políticas que não apenas estimulem o consumo, mas também fortaleçam a produção interna, evitando que o Brasil se torne excessivamente dependente de importações.

Crescimento das vendas de Veículos eletrificados

Nos últimos anos, o mercado de veículos eletrificados no Brasil experimentou um crescimento notável. Em 2022, foram vendidas cerca de 47 mil unidades, número que praticamente dobrou em 2023, atingindo 97 mil veículos eletrificados, o que representou 4,3% das vendas totais de automóveis no país. 

Esses números evidenciam uma tendência de maior aceitação dos veículos eletrificados pelo consumidor brasileiro, impulsionada pela conscientização sobre a importância da sustentabilidade e pelos avanços tecnológicos que tornam esses automóveis mais acessíveis.

Além dos automóveis de passeio, o mercado de veículos comerciais também tem sido impactado pela eletrificação. Em 2022, empresas de diversos setores passaram a adotar veículos elétricos para o transporte de mercadorias, resultando na venda de 933 veículos comerciais de pequeno porte e 714 caminhões elétricos. 

Embora esses números tenham registrado uma leve queda em 2023, espera-se uma recuperação em 2024, com a participação crescente de caminhões eletrificados no setor de transporte de cargas.

A Contribuição das 'Marcas Chinesas'

Um fator decisivo para o crescimento dos automóveis elétricos em 2030 é a contribuição das marcas chinesas, que vêm desempenhando um papel fundamental na expansão do mercado brasileiro. Empresas como BYD e Chery têm investido pesado em veículos elétricos e híbridos, trazendo para o país tecnologias avançadas a preços competitivos. 

Em 2024, espera-se que 55% dos automóveis elétricos emplacados no Brasil sejam de origem chinesa, evidenciando a força dessas marcas no setor.

A presença dessas montadoras estrangeiras também traz desafios e oportunidades para a indústria nacional. Por um lado, o Brasil se beneficia da importação de veículos com tecnologia de ponta, mas, por outro lado, é necessário fomentar a produção local para evitar uma dependência excessiva de produtos estrangeiros. Isso requer um esforço conjunto entre governo e indústria para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento e à produção de automóveis elétricos no país.

A presença crescente de marcas chinesas e a eletrificação do transporte de mercadorias também contribuem para um cenário positivo. O futuro dos automóveis elétricos em 2030 promete ser de grandes mudanças, e o Brasil tem a oportunidade de liderar essa transição rumo a um futuro mais sustentável.